domingo, 27 de junho de 2021

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O VALOR DA ORAÇÃO



O VALOR DA ORAÇÃO “Portanto, vós orareis assim : Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome". — Mateus — Cap. 6, v. 9. Pelo que disse Jesus, a oração não pode ser moti­ vada pela vaidade. Representando uma linguagem do ho­ mem ao Criador, a oração deve ser revestida de toda humildade e boa vontade, visando aprender, para servir. No ato de orar, um dos mais sagrados da vida, o Pai espera dos filhos os cuidados correspondentes aos seus valores. “Entra para o teu aposento, fecha a porta, e ora a teu Pai, que vê, em segredo". Não em longas e barulhentas orações em praças públicas, para chamar a atenção dos que passam, por vaidade. Essa prece não passa dos lábios e, no fundo, trata-se de simples pedidos interesseiros, a exemplo das dádivas estridentes coloca­ das no gasofilácio, sem nenhuma participação do senti­ mento. Assim ocorre com as orações por vaidade. O ato de orar constitui uma permuta de valores, da vida com vidas, de irmão com irmãos, do filho com Deus; mas eis que isso se processa por conta da lei, da justiça e da misericórdia. Todavia, o homem é mais ou menos consciente da bondade do Criador, mormente quando se encontra em estado de graça, em pleno fer­ vor da oração. Ao nos sentarmos, em torno de uma mesa, na hora do repasto, alimentamos o corpo; ao entrarmos em nos­ so aposento, fechando a porta e orando ao pai, em segre­ do, estamos alimentando a alma. Nem corpo nem alma alcança a felicidade, sem esses indispensáveis atos de alegria e humildade, de reconhecimento a Deus. A ora­ ção tem longa e porfiada viagem, começando no trabalho rude de cada dia, e terminando no êxtase de refusão da alma com o Senhor. Alguns dirão que Deus é pai e onisciente, conhece todas as nossas necessidades e, por isso, nada preci samos pedir-lhe. Estão, em parte, certos, mas a vontade Divina espera, por lei, o esforço de cada um, no sentido de suprir suas necessidades. Coloca a água nas fontes, mas os homens, para saciar a sede, terão que buscá- la, para beber. Espraia os raios solare3, com uma tem­ peratura que um ser encarnado não suportaria, parado o dia todo, em um só lugar; mas esse, movendo-se, su­ porta e se beneficia. Guardou Deus, no seio da terra, todos os elementos indispensáveis ao bem estar da huminidade, esperando que esta se movimente e descubra condições para o con­ forto próprio, obedecendo a lei de esforçar-se para viver melhor. São os rudimentos da verdadeira prece; é o “batei e abrir-se-vos-á"; é o “pedi e dar-se-vos-á”; é o cai e achareis". A lei soberana de Deus rege todos os quadrantes da vida, dando a cada um segundo o seu merecimento. Não há perda das aquisições, nem des­ vios da justiça. As leis nunca foram burladas; mas sim, dirigidas por um amor que, jamais, foi insensível aos corações que sofrem. A sinfonia da vida universal é uma eterna oração : a a perda se esvai, sem ter condições de exigir algo em troca do seu sacrifício. Mas a lei não a abandona, e lhe dará, no futuro, uma evolução superior. A árvore se desfaz, até o pó; o animal é arrastado ao sacrifício, pelo sustento dos homens. Mas o amanhã lhe reserva o amparo da justiça. E o homem, que tem superioridade sobre todas as coisas do mundo, não deve buscar a humildade, a re signação e a esperança ? Deve, sim. E, avantajando-se aos outros reinos, passo a passo, há de chegar à pleni­ tude da caridade, que sempre se confunde com a ciên­ cia da oração. “ Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome” . Alguns Angulos dos Ensinos do Mestre (psicografia Joao Nunes Maia - espirito Miramez)

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