sexta-feira, 30 de abril de 2021

thumbnail

47 A espécie humana se encontrava entre os elementos orgânicos contidos...

AGORA EM AUDIO
 
Formação dos seres vivos
47. A espécie humana se encontrava entre os elementos orgânicos contidos
no globo terrestre?
“Sim, e veio a seu tempo. foi o que deu lugar a que se dissesse que
o homem se formou do limo da terra.”

segunda-feira, 26 de abril de 2021

thumbnail

46 Ainda há seres que nasçam espontaneamente


O LIVRO DOS ESPIRITOS 
AGORA EM AUDIO
 
Formação dos seres vivos
46. Ainda há seres que nasçam espontaneamente?
“Sim, mas o germe primitivo já existia em estado latente. Sois todos os
dias testemunhas desse fenômeno. Os tecidos do corpo humano e do
dos animais não encerram os germes de uma multidão de vermes que
só esperam, para desabrochar, a fermentação pútrida que lhes é ne-
cessária à existência? é um mundo minúsculo que dormita e se cria.”

domingo, 25 de abril de 2021

thumbnail

PALAVRAS DE RAMATIS 05


PALAVRAS DE RAMATIS 05.

 
FISIOLOGIA DA ALMA.

A Alimentação Carnívora e o Vegetarianismo.

PERGUNTA: — Porventura, o homem evangelizado, que se alimenta de carne, contraria
ainda as disposições divinas? Não existem tantos vegetarianos de má conduta e até pervertidos?
RAMATÍS RESPONDE: — Não temos dúvida em afirmar que mais vale um carnívoro evangelizado
do que um vegetariano anticrístico. Mas não estamos cogitando agora das qualidades espirituais
que devem ser alcançados por todos os entes humanos, mas sim considerando se procede bem ou
não a criatura evangelizada que ainda coopera para o progresso dos matadouros, charqueadas,
frigoríficos ou matanças domésticas. A alma verdadeiramente evangelizada é plena de ternura,
compassividade e amor; o espírito essencial-mente angélico não se regozija em lamber os dedos
impregnados da gordura do irmão inferior, nem se excita na volúpia digestiva do lombo de porco
recheado ou da costela assada, com rodelas de limão por cima.
E profundamente vergonhoso para o vosso mundo que o boi generoso, cuja vida é
inteiramente sacrificada para o bem da humanidade e o prazer glutônico e carnívoro do homem,
seja mais inteligente que ele em sua alimentação, que é exclusivamente vegetariana! Não se
compreende como possa o homem julgar-se um ser adiantado, ante o absurdo de que o animal
irracional prefere alimento superior ao do seu próprio dono, que é dotado do discernimento da
razão!
Louvamos incondicionalmente o homem evangelizado, ainda que carnívoro, mas o
advertimos de que, enquanto mantiver no ventre um cemitério, há de ser sempre um escravo
preso à roda das reencarnações retificadoras, até acertar as suas contas cármicas com a espécie
animal!

Se ele é um evangelizado, deve saber que o ato de sugar tutano de osso e devorar bifes o retém
ainda bem próximo dos seus antepassados silvícolas, que se devoravam uns aos outros devido à
sua profunda ignorância espiritual. A ingestão de vísceras cadavéricas e o ato de matar o irmão
inferior tanto distanciam a fronteira entre o anjo e o homem, como agravam o fardo cármico para
os futuros ajustes espirituais.

PERGUNTA: — Mas não nos estamos referindo à ação de matar, isto é, de tirar a vida,
porquanto muitíssimas criaturas carnívoras, mas cuja bondade e piedade conhecemos, não são
capazes de matar um simples inseto, quanto mais de destruir uma ave ou animal!
RAMATÍS RESPONDE: — Os corações integralmente bondosos e piedosos não só evitam matar o
animal ou ave, como ainda não têm coragem para devorar-lhes as entranhas sob os temperos de
cebola, sal e pimenta... Aquele que mata o animal e o devora ainda pode ser menos culpado,
porque assume em público a responsabilidade do seu ato. No entanto, o que não mata, por
piedade ou receio de remorso, mas devora gostosamente a carne do animal ou da ave, trucidados
por outros, age manhosamente perante Deus e a sua própria consciência. A piedade à distância
não identifica o caráter bondoso, pois muita gente foge aflita, quando o cutelo fere o infeliz
animal, mas retorna satisfeita logo que a panela pára de ferver e as vísceras se apresentam
apetitosas. Isso lembra o clássico sábado de “Aleluia”, em que os fiéis se mantêm em estóico
jejum de carne, na Quaresma preceituada pela Igreja, mas estão aguardando ansiosamente que o
relógio marque o meio-dia, para então se atirarem famintos sobre os retalhos fumegantes, que se
cozem na moderna panela de pressão! O homem “piedoso”, que se recusa a assistir à matança do
animal, é quase sempre o mais exigente quanto ao assado e ao tempero destinado à carne
sacrificada à distância.

PERGUNTA: — A recusa em matar o animal ou ave já não é um protesto contra a
existência de matadouros e charqueadas? isso não comprova a posse de uma alma com melhor
aprimoramento espiritual?
RAMATÍS RESPONDE: — As criaturas que matam a ave ou o animal no fundo do quintal, ou que
obtêm o seu salário no trabalho dos matadouros, podem ser almas primitivas, que não avaliam o
grau de sua responsabilidade espiritual junto à coletividade do mundo físico. Mas aqueles que
fogem na hora cruel do massacre do irmão bem demonstram compreender a perversidade do ato
e o reconhecem como injusto e bárbaro. Em conseqüência, ratificam o conhecimento de sua
responsabilidade perante Deus, recusando-se a assistir àquilo que em sua mente significa severa
acusação ao espírito. Confirmam, portanto, ter conhecimento da iniqüidade de se matar o animal
indefeso e inocente. E óbvio que, se depois o devoram cozido ou assado, ainda maior se lhes
torna a culpa, porque o mesmo ato que condenam, com a ausência deliberada, fica justificado
pessoal e plenamente na hora famélica da ingestão dos restos mortais do animal.
Os fujões pseudamente piedosos não passam, aliás, de vulgares cooperadores das mesmas
cenas tétricas do sacrifício do animal; o consumidor de carne também não passa de um acionista
e incentivador da proliferação de açougues, charqueadas, matadouros e frigoríficos.

O vosso código prevê, na delinqüência do vosso mundo, penas severas tanto para o
executor como para o mandante dos crimes de co-participação mental, pois a responsabilidade
pesa sobre ambos. Os que não matam animais ou aves, por piedade, mas digerem jubilosamente
os seus despojos, tornam-se co-participantes do ato de matar, embora o façam à distância do
local do sacrifício; são, na realidade, cooperadores anônimos da indústria de carnes, visto que
incentivam o dinamismo da matança ao consumirem a carne que mantém a instituição fúnebre
dos matadouros e do trucidamento injusto daqueles que Deus também criou para a ascensão
espiritual.

PERGUNTA. — Cremos que muitos seres divinizados, que já
viveram em nosso mundo, também se alimentaram de carne; não é verdade?
RAMATÍS RESPONDE: — Realmente, alguns santos do hagiológio católico, ou espíritos
desencarnados considerados hoje de alta categoria, puderam alcançar o céu, apesar de comerem
carne. Mas o portador da verdadeira consciência espiritual, isto é, aquele que, além de amar, já
sabe por que ama e por que deve amar, não deve alimentar-se com a carne dos animais. A alma
efetivamente santificada repudia, incondicionalmente, qualquer ato que produza o sofrimento
alheio; abdica sempre de si mesma e dos seus gozos em favor dos outros seres, transformando-se
numa Lei Viva de contínuo benefício e, na obediência a essa Lei benéfica, assemelha-se à força
que dirige o crescimento da semente no seio da terra: alimenta e fortifica, mas não a devora!
Essa consciência espiritual torna-se uma fonte de tal generosidade, que toda expressão de
vida do mundo a compreende e estima, pela sua proteção e inofensividade. Sabeis que Francisco
de Assis discursava aos lobos e estes o ouviam como se fossem inofensivos cordeiros; Jesus
estendia sua mão abençoada, e as cobras mais ferozes se aquietavam em doce enleio; Sri
Maharishi, o santo da Índia, quando em divino “samadhi”, era procurado pelas aranhas, que
dormiam em suas mãos, ou então afagado pelas feras, que lhe lambiam as faces; alguns místicos
hindus deixam-se cobrir com insetos venenosos e abelhas agressivas, que lhes voam sobre a pele
com a mesma delicadeza com que o fazem sobre as coroas das flores! Os antigos iniciados
essênicos mergulhavam nas florestas bravias, a fim de alimentarem os animais ferozes que eram
vítimas das tormentas e dos cataclismos. Inúmeras criaturas gabam-se de nunca haverem sido
mordidas por abelhas, insetos daninhos, cães, ou cobras. Geralmente são pessoas vegetarianas,
que assim mantêm integralmente vivo o amor pelos animais.
As almas angelizadas, que já chegaram a compreender realmente o motivo da vida do
espírito no mundo de formas, que possuem um coração magnânimo e incapaz de presenciar o
sofrimento dos animais, também não lhes devoram as entranhas, do mesmo modo como os
verdadeiros amigos dos pássaros não os prendem em gaiolas mesmo douradas! E ilícito ao
homem destruir um patrimônio valioso que Deus lhe confia para uma provisória administração
na Terra; cumpre-lhe proteger desde a flor que enfeita a margem dos caminhos até ao infeliz
animal escorraçado e que só pede um pouco de pão e de amizade. O devorador de animais, por
mais evangelizado que seja, ainda é um perturbador da ordem espiritual na matéria; justifique-se
como quiser, mas a persistência em nutrir-se com despojos animais prova que não se adaptou
ainda, de modo completo, aos verdadeiros objetivos do Criador.

PERGUNTA: — Qual a reação psicofísica que deve sentir a pessoa, sob o impacto do
fluido magnético-astral que se liberta da carne de porco?
RAMATÍS RESPONDE: — A reação varia de conformidade com o tipo individual: o homem comum,
e demasiadamente condicionado à ingestão de carne de porco, sentir-se-á ainda mais fortalecido
e instigado energeticamente para a vida de relação, assim como um motor pesado e rude
funciona melhor com um combustível mais grosseiro. Os homens coléricos, irascíveis e
descontrolados nas suas emoções, que se escravizam facilmente aos impulsos do instinto animal,
são comumente fanáticos adoradores das mesas lautas, e grandemente afeiçoados às
churrascadas.
O magnetismo vital inferior, que incorporam continuamente ao seu organismo físico e
astral, ativa-lhes bastante os centros do comando animal, mas prejudica-lhes a natureza angélica
no metabolismo para a absorção de um magnetismo superior. As reações variam, portanto,
conforme a sensibilidade psíquica e a condição espiritual dos carnívoros; um simples pedaço de
carne de porco, que seria suficiente para perturbar o perispírito delicado de um Gandhi, ou de um
Francisco de Assis, poderia acelerar a vitalidade do psiquismo descontrolado de um Nero ou de
um Heliogábalo!

PERGUNTA: — Desde que estamos operando num mundo físico e compacto, que
requer de nós atividades exaustivas, não poderá o abandono da alimentação carnívora provocar-
nos uma anemia perigosa?
RAMATÍS RESPONDE: — Sabeis que o corpo humano é apenas uma conglomerado de matéria
ilusória, em que um número inconcebível de espaços vazios, interatômicos, predomina sobre
uma quantidade microscópica de massa realmente absoluta. Se pudésseis comprimir todos os
espaços vazios que existem na intimidade do corpo físico, até que ele se tornasse o que em
ciência se denomina “pasta nuclear”, reduzi-lo-íeis a uma pitada de pó microscópico, que seria a
massa real existente. O organismo humano é maravilhosa rede de energia, sustentada por um
gênio cósmico. O homem é espírito aderido ao pó visível aos olhos da carne; na realidade, é mais
nítido, dinâmico, verdadeiro e potencial no seu ‘habitat “espiritual, livre do pó enganador. Vós
ingeris grande quantidade de massa material, na forma de lauta alimentação, atendendo mais às
contrações espasmódicas do organismo, do que mesmo à sua necessidade magnético-vital. O
corpo, em verdade, só assimila o” quantum “de que necessita para suster a forma aparente, pelo
qual excreta quase toda a quota ingerida. Nos planetas mais evoluídos, a alimentação é quase
toda à base de sucos, que penetram na organização viva, alguns até pelo fenômeno comum da
osmose e absolutamente sem excreção. Neles, as almas apuradas sabem alimentar-se, em grande
parte, através dos elementos etéricos e magnéticos hauridos do Sol e do ambiente, inclusive o
energismo prânico do oxigênio da atmosfera.
Não vos será difícil comprovar que inúmeros operários mal alimentados conseguem
realizar tarefas pesadas, assim como os tradicionais peregrinos de passado, que pregavam a
palavra do Senhor ao mundo conturbado, viviam frugalmente e abjuravam a carne. O progresso
espiritual se evidencia em todos os campos de ação em que o espírito atua, pelo qual — se
realmente pretendeis alcançar o estado angélico — tereis também que procurar desenvolver um
metabolismo mais delicado e escolhido, na alimentação do vosso corpo.
A ascensão espiritual exige a contínua redução da bagagem de excessos do mundo animal. Seria
ilógico que o anjo alçasse vôo definitivo para as regiões excelsas, saudoso ainda da ingestão de
gordura dos seus irmãos inferiores!
PERGUNTA:— E se o homem teimar em se alimentar de carne, quais os recursos que os
Mestres poderão empregar para afastá-lo dessa nutrição?
RAMATÍS RESPONDE: — Sabeis que os excessos nas mesas pantagruélicas, principalmente na
alimentação carnívora, quando atestam a negligência e a teimosia do espírito humano para com a
sua própria felicidade, são sempre corrigidos com a terapêutica das admiráveis válvulas de
segurança espiritual, que aí no vosso mundo funcionam sob a terminologia clássica da ciência
médica com as sugestivas denominações de úlceras, cânceres, cirroses, nefrites, enterocolites,
chagas, inclusive a criação de condições favoráveis para “habitat” das amebas coli ou
histolíticas, giárdias ou estrongilóides, tênias, ou irrequietos protozoários de formas exóticas.
Sob a ação desses recursos da natureza, vão-se acentuando, então, as trocas exigíveis à entidade
espiritual, e a compulsória frugalidade vai agindo para a transformação exaustiva, mas
concretizável, do animal na figura do anjo. As excrescências anômalas e mórbidas, que se
disseminam pelo corpo físico, funcionam na prodigalidade de sinais de advertência, que regulam
harmônica e equitativamente o tráfego digestivo. Elas obrigam a dietas espartanas ou
substituições por nutrições mais delicadas, ao mesmo tempo que se retificam impulsos
glutônicos e se aprimoram funções que purificam o astral em torno e na intimidade da tessitura
etérica. Quantas vezes o teimoso carnívoro se submete a rigorosa abstinência de carne, devido à
úlcera gástrica que surge para obrigá-lo a se ajustar a uma nutrição mais sadia!

quarta-feira, 21 de abril de 2021

thumbnail

PALAVRAS DE RAMATIS 04


PALAVRAS DE RAMATIS 04.

 
FISIOLOGIA DA ALMA.

A Alimentação Carnívora e o Vegetarianismo.
 
PERGUNTA: — Como poderíamos vencer esse condicionamento biológico e mesmo
psíquico, em que a nossa constituição orgânica é hereditariamente predisposta à alimentação
carnívora? A ciência médica afirma que, à simples idéia de nos alimentarmos, o sistema
endócrino já produz sucos e hormônios de simpatia digestiva à carne, e dessa sincronia perfeita
entre o pensamento e o metabolismo fisiológico, achamos que fica demonstrada a fatal
necessidade de nutrição carnívora. Em compensação, muitos vegetarianos hão revelado alergia a
frutas ou hortaliças!Não é isso bastante para justificar a afirmativa de que onosso organismo
precisa evidentemente de carne, a fim de poder-se desenvolver sadia e vigorosamente?
RAMATÍS RESPONDE: - O cigarro também não foi criado para ser fumado fanaticamente pelo
homem; este é que imita a estultice dos bugres descobertos por Colombo e termina
transformando-se num escravo da aspiração de ervas incineradas. A simples lembrança do
cigarro, o vosso sistema endócrino, num perfeito trabalho psicofísico, de prevenção, também
produz antitoxinas que devem neutralizar o veneno da nicotina e proteger-vos da introdução da
fumaça fétida nos pulmões delicados. A submissão ao desejo de ingerir a carne é igual à
submissão do fumante inveterado para com o seu comando emotivo, pois ele é mais vítima de
sua debilidade mental do que mesmo de uma invencível atuação fisiológica. O viciado no fumo
esquece-se de si mesmo e, por isso, aumenta progressivamente o uso do cigarro, acicatado
continuamente pelo desejo insatisfeito, criando, então, uma segunda natureza, que se torna
implacável e exigente carrasco.
Comumente fumais sem notar todos os movimentos preliminares que vos
comandam automaticamente, desde a abertura da carteira até a colocação do cigarro nos lábios
descuidados; completamente inconscientes dessa realidade viciosa, já não fumais, mas sois
fumados pelo cigarro, guiados pelo instinto indisciplinado.
No vício da carne ocorre o mesmo fenômeno; viveis distanciados da realidade de que sois
escravos do habito de comer carne. Se o sistema endócrino produz sucos e hormônios à simples
idéia de ingerirdes carne, nem por isso se comprova que fostes especificamente criados para a
nutrição carnívora. E apenas um velho hábito, que atendeu às primeiras manifestações da vida
grosseira do homem das cavernas trogloditas e que, pelo vosso descuido, ainda vos comanda o
mecanismo fisiológico, submetendo-o à sua direção.
As providências preventivas, no metabolismo humano, devem ser tomadas em qualquer
circunstância; o hindu que se habituou à ingestão de frutos sazonados e vegetais sadios, também
fabrica os seus hormônios e sucos digestivos à simples idéia da alimentação com que está
acostumado. A diferença está em que ele carece de hormônios destinados à nutrição puramente
vegetal, enquanto que vós tendes que produzi-los para a cobertura digestiva dos despojos da
nutrição carnívora.
Alegais que muitas pessoas se tornam enfermiças, ao se devotarem à alimentação
vegetariana; em verdade, comprovais, assim, que sois tão estratificados pelo mau hábito de
alimentação carnívora, que o vosso metabolismo fisiológico já não consegue assimilar a contento
os frutos sadios e os vegetais nutritivos, manifestando-se em vós os pitorescos fenômenos de
alergia. No entanto, desde que disciplinásseis a vontade e vigiásseis mentalmente o desejo
mórbido, despertando da inconsciência imaginativa da nutrição zoofágica, logo sentir-vos-ieis
mais libertos do indefectível condicionamento biológico carnívoro.
PERGUNTA: — Quais alguns exemplos que nos possam fazer compreender essa
“inconsciência imaginativa” diante da carne?
RAMATÍS RESPONDE: — E que há mais invigilância mental do que condicionamento biológico,
de vossa parte, no tocante à alimentação carnívora, e isso podeis verificar pela contradição do
vosso gosto e paladar, que se pervertem sob a falsa imaginação. Quantas vezes, diante de
cadáveres de animais vítimas de um incêndio ou de uma explosão, costumais sentir náuseas e
repugnância devido ao fato de vísceras carbonizadas exalarem o odor fétido de carne queimada!
Entretanto, momentos depois, atraídos pelo aspecto da churrascaria pitoresca, excitaivos,
dominados pelo mórbido apetite, esquecendo-vos de que o churrasco também é carne de animal
queimada a fogo lento, diferindo apenas pela natureza dos molhos que se lhe acrescentam. A
contradição é flagrante: ali, a repugnância vos domina diante do cadáver assado na explosão;
acolá, o condicionamento biológico ou a negligência de raciocínio produz sucos e hormônios que
ativam o apetite degenerado. Tudo isso ocorre, no entanto, só porque ainda alimentais a ilusão de
um prazer nutritivo, que é sugerido por igual resto mortal, porém ao molho excitante.A fumaça
repulsiva, que se exala do cadáver de um boi carbonizado no incêndio, é a mesma que ondula
sobre as grades gordurosas da churrascaria, em que as vísceras do animal vertem albumina com
vinagre e suco de cebola. O pedaço de carne recortado dos despojos cadavéricos da vitela assada
ao fogo da estrebaria pode ser tão “macio e gostoso” quanto o “filet mignon” que o garçom de
camisa engomada vos oferece sobre o prato de porcelana. A língua arrancada do bovino crestado,
na pólvora da explosão inesperada, pode ser tão “apetitosa” quanto a que vos é oferecida em
luxuoso restaurante e sob as ondulações melodiosas da festiva orquestra!

Enquanto vos deixardes comandar discricionariamente por essa vontade débil e pela imaginação
deformada, ou inconsciência imaginativa, sereis sempre as vítimas dos vícios tolos do mundo e
da alimentação perniciosa da carne. E evidente que não há condicionamento de espécie alguma,
quando se trata dessa disposição infantil, em que a vossa imaginação ora se torna lúcida,
lobrigando a realidade da carne queimada, ora se ilude completamente vendo um suculento
petisco naquilo que antes era uma realidade repugnante.

PERGUNTA: — Além da enfermidade que pode ser transmitida pelo animal
hipertrofiado na engorda e da culpa do homem quanto à sua morte, a ingestão de carne causa
também prejuízos diretos à alma?
RAMATÍS RESPONDE: — O animal possui o “duplo-astral”, que é revestido de magnetismo
astral; esse veículo etéreo-astral, sobrevive à dissolução do corpo físico e serve de “matriz” para
que, no futuro, o animal se integre novamente na sua espécie particular. Embora esse duplo-
astral seja ainda destituído de substância mental, que lhe permitiria alguns reflexos de razão, é
poderosamente receptivo às energias existentes no meio em que vive o animal. Conforme a vida
deste último, o seu invólucro sobrevivente também revela a natureza melhor ou pior da espécie a
que o animal pertence, Em conseqüência, a aura do porco, por exemplo, é sumamente grosseira,
instintiva e letárgica, em comparação com a aura do cão, do gato ou do carneiro, os quais já se
situam num plano mais afetivo e revelam alguns bruxuleios de entendimento racional.
O chiqueiro é de um clima repulsivo e repleto de energias deletérias, que atuam tanto no
campo físico como na esfera astral. Quando o suíno é sacrificado, a sua carne reflui sob o
impacto violento, febricitante e doloroso da morte; o choque que lhe extingue a existência, ainda
plena de vitalidade física, também exacerba-lhe o duplo-etéreo astral, e que está sob o comando
geral do espírito-grupo. Essa matança prematura, que interrompe de súbito a corrente vital
energética, irrita furiosamente as forças de todos os planos interpenetrantes no animal; os demais
veículos se contraem e se confrangem, ao mesmo tempo, atritando-se num turbilhão de energias
contraditórias e violentas, que se libertam como verdadeiros explosivos etéricos. Há completa
“coagulação físio-astral”; o sangue, que é a linfa da vida e o portador dos elementos mais
poderosos do mundo invisível, estagna em seu seio o “quantum” de energia inferior do mundo
astral e que o próprio porco carreia para o seu corpo físico.
No instante da morte, as energias deletérias, que flutuam na aura do suíno e lhe
intercambiam o fenômeno da vida inferior, coagulam-se na carne sacrificada e combinam-se com
o “tônus-vital” degradante, que provém da engorda e do sofrimento do animal no charco de
albumina e uréia. A carne do porco fica verdadeiramente gomosa, pela substância astral que se
coagula ao seu redor e se fixa viscosamente nas fibras cadavéricas.
Os espíritas e demais estudiosos da alma sabem que todas as coisas e seres são portadores
de um veículo etéreo-astral, o qual absorve as energias ambientais e expele as que são gastas nas
trocas afins aos seus tipos psíquicos ou físicos.

Quando ingeris retalhos de carne de porco, absorveis também sua parte astral inferior e que
adere à coagulação do sangue; essa energia astral desregrada e pantanosa é agressiva e nauseante
nos planos etéricos; assim que os sucos gástricos decompõem a carne física no estômago
humano, liberta-se, então, esse visco astral, repelente e pernicioso. Sob a lei de atração e
correspondência vibratória nos mesmos planos, a substância gomosa, que é exsudada pela carne
digerida no estômago, incorpora-se, então, ao corpo etéreo-astral do homem e abaixa as
vibrações de sua aura, colando-se à delicada fisiologia etérica invisível, à semelhança de pesada
cerração oleosa e adstringente. O astral albuminoso do porco, que também é ingerido com o
“delicioso petisco” assado, transforma-se em densa cortina fluídica no campo áurico do homem
demasiadamente carnívoro. Deste modo, dificulta-se o processo normal de assistência espiritual
daqui, pois os Espíritos Guias já não conseguem atravessar a barreira viscosa do baixo
magnetismo, a fim de formularem a intuição orientadora aos seus pupilos carnívoros. A aura se
apresenta suja das emanações do astral inferior e ofuscante, que se exsuda da carne do suíno.
Os homens glutônicos e excessivamente afeiçoados à carne de porco afirmam-se dotados
de invejável vigor sexual, enquanto que as criaturas exclusivamente vegetarianas são algo
empalidecidas, letárgicas e distanciadas da virilidade costumeira do mundo das paixões
humanas. Esse fato comprova que o aumento da nutrição de carne acarreta também o aumento da
sensação de ordem mais primitiva. Mas, em sentido oposto, a preferência pela alimentação
vegetariana é poderoso auxiliar para o espírito se libertar do jugo material.
Os antigos banquetes pantagruélicos, dos romanos e babilônicos, em cujas mesas lautas
se amontoavam assados e cozidos cadavéricos, terminavam sempre nas mais lúbricas orgias, que
ainda mais se superexcitavam com a influência do astral inferior dos animais devorados. Ainda
hoje, o excesso de alimentação carnívora, que é preferida pelos aldeões, estigmatiza muitos deles
com o “fácies suínico” ou o “estigma bovino”, que lhes dá um ar pesadão e letárgico,
caracterizando fisionomias que lembram vagamente o temperamento dos animais devorados. E a
excessiva carga astral que lhes interpenetra o perispírito e transforma a configuração humana,
fazendo transparecer os contornos do tipo animal inferior.
Nos planos erráticos do Além, é muito comum encontrarmos espíritos que se afeiçoaram
tão fanaticamente aos despojos dos animais, que passam a reproduzir certas caricaturas circenses,
com visíveis aspectos animalescos caldeados pelo astral inferior!

PERGUNTA: — Os orientais, que são absolutamente vegetarianos, têm conhecimento
completo dos efeitos que nos relatais, sobre a carne?
RAMATÍS RESPONDE: — O mestre hindu, meditativo e místico, que procura continuamente o
contato com os planos mais delicados, evita a ingestão de carne, que lhe contamina a aura com o
astral inferior. Os “guias”, muito conhecidos na tradição espírita, sempre lutam com dificuldade
quando desejam intuir-vos após os lautos banquetes de vísceras engorduradas, que digeris para
atender ao sofisma das proteínas. Principalmente nos trabalhos de materializações, os delicados
fenômenos são imensamente prejudicados pela presença de assistentes com os estômagos
saturados de carne, e que identificam o clima repulsivo do necrotério onde estão se decompondo
vísceras.
E esse, também, um dos motivos por que a maioria dos médiuns, obcecados pelas
churrascadas e pelos banquetes opíparos onde se abusa da carne, estaciona em improdutivo
animismo e mantém só apagados contatos com os planos mais altos. Alguns médiuns glutões e
exageradamente carnívoros ironizam e subestimam as práticas e os ensinamentos esoteristas,
destinados a apurar a sensibilidade psíquica através do regime vegetariano. Essas criaturas
pensam que as forças sutis dos planos angélicos podem-se casar discricionariamente às erutações
fluídicas da digestão provinda dos retalhos cadavéricos! Raras são as que compreendem que, nos
dias de trabalhos mediúnicos, passes ou radiações, a carne deve ser eliminada de suas mesas.
Outras há que ignoram que o êxito de operações fluídicas à distância não depende absolutamente
de proteínas animais mas, principalmente, da exsudação ectoplasmática de um sistema orgânico
limpo de impurezas astrais.

PERGUNTA: — Qual o processo mais eficiente para o discípulo eliminar de sua aura ou
perispírito os fluidos deletérios que são exsudados pela carne animal?
RAMATÍS RESPONDE: — E a terapêutica do jejum o processo que melhor auxilia o espírito a
drenar as substâncias tóxicas que provêm do astral inferior pois, devido ao descanso digestivo,
eliminam-se os fluidos perniciosos. A Igreja Católica, ao recomendar o jejum aos seus fiéis,
ensina-lhes inteligente método de favorecimento à inspiração superior. As figuras etéreas dos
frades trapistas, dos santos ou dos grandes místicos, sujeitos a alimentação frugal, comprovam o
valor terapêutico dessa alimentação. O jejum aquieta a alma e a libera em direção ao mundo
etéreo; auxilia a descarga das toxinas do astral inferior, que se situam na aura humana dos
“civilizados”.
Aliás, já existem no vosso mundo algumas instituições hospitalares que têm podido
extinguir gravíssimas enfermidades sob o tratamento do jejum ou pela alimentação
exclusivamente à base de suco de frutas. Jesus, a fim de não reduzir o seu contato com o Alto,
ante o assédio tenaz e vigoroso das forças das trevas, mantinha a sua mente límpida e a
governava com absoluta segurança graças aos longos jejuns, em que eliminava todos os resíduos
astrais, perturbadores dos veículos intermediários entre o plano espiritual e o físico. O Mestre
não desprezava esse recurso terapêutico para a tessitura delicada do seu perispírito; não se
esquecia de vigiar a sua própria natureza divina, situada num mundo conturbado e agressivo, que
atuava continuamente como poderoso viveiro de paixões e detritos magnéticos a forçarem-lhe a
fisiologia angélica. Evitava sempre a alimentação descuidada e, quando sentia pesar em sua
organização as emanações do astral inferior, diminuía a resistência material ao seu espírito,
praticando o jejum, que lhe favorecia maior libertação para o seu mundo celestial.
Nunca vimos Jesus partindo nacos de carne ou oferecendo perfis de porco aos seus
discípulos; ele se servia de bolos feitos de mel, de fubá e de milho, combinados aos sucos ou
caldos de cereja, morangos e ameixas.

PERGUNTA: — Na hora da desencarnação, a alimentação carnívora pode prejudicar o
desprendimento do espírito?
RAMATÍS RESPONDE: — A Lei é imutável em qualquer setor da vida; o êxito liberatório na
desencarnação depende, acima de tudo, do tipo de vibrações boas ou más na hora em que o
desencarnante é submetido à técnica espiritual desencarnatória. O perverso que se lançou num
abismo de crueldade, na vida física, será sempre um campo de energias trevosas e impermeáveis
à ação dos espíritos benéficos; mas o santo, que se dá todo em amor e serviço ao próximo, torna-
se uma fonte receptiva de energias fulgentes, que lhe abrem clareiras para a ascensão radiosa.
Justamente após o abandono do corpo físico é que o campo energético do perispírito revela, no
Além, mais fortemente, o resultado do metabolismo astral que entreteve na Terra. Em
conseqüência, o homem carnívoro, embora evangelizado, sempre há de se sentir mais imantado
ao solo terráqueo do que o vegetariano que, além de ser espiritualizado, incorpore energias mais
delicadas em seu veículo perispiritual. Reconhecemos que, enquanto o facínora vegetariano pode
ser um oceano de trevas, o carnívoro evangelizado será um campo de Luz; no entanto, como a
evolução induz à harmonia completa no conjunto psicofísico, entre o homem carnívoro e o
vegetariano, que cultuem os mesmos princípios de Jesus, o último sempre haverá de lograr mais
êxito na sua desencarnação.
A ausência de carne no organismo livra-o do excesso de toxinas; na desencarnação, a
alma se liberta, assim, de um corpo menos denso e menos intoxicado de albumina e uréia, que
provocam sempre o abaixamento das vibrações do corpo etérico. O boi ou o porco entretêm a sua
vida em região excessivamente degradante, cuja substância astral pode aderir à aura humana, não
só retardando o dinamismo superior como ainda reduzindo a fluência das emoções angélicas.

quinta-feira, 15 de abril de 2021

thumbnail

PALAVRAS DE RAMATIS 03


PALAVRAS DE RAMATIS 03.

 
FISIOLOGIA DA ALMA.
 
A Alimentação Carnívora e o Vegetarianismo.
PERGUNTA:— Porventura os cuidadosos exames a que são submetidos os animais,
antes do corte, não afastam a possibilidade de contaminarem o homem com qualquer
enfermidade provável?
RAMATÍS RESPONDE: — Essa profilaxia de última hora não identifica os resíduos da
enfermidade que possa ter predominado no animal destinado ao corte e que, evidentemente, não
deixou vestígios identificáveis à vossa instrumentação de laboratório. Apesar dos extremos
cuidados de higiene e das medidas de prevenção nos matadouros, ainda desconheceis que a
maioria dos quadros patogênicos do vosso mundo se origina na constituição mórbida do porco!
O animal não raciocina, nem pode explicar-vos a contento as suas reais sensações dolorosas
conseqüentes de suas condições patogênicas. O veterinário criterioso enfrenta exaustivas
dificuldades para atestar a enfermidade do animal, enquanto que o ser humano pode relatar, com
riqueza até de detalhes, as suas perturbações, o que então auxilia o diagnóstico médico. Assim
mesmo, quantas vezes a medicina não descobre a natureza exata dos vossos males,
surpreendendo-se com a eclosão de enfermidade diferente e que se distanciava das cogitações
familiares! As vezes, um simples exame de urina, requerido para fins de somenos importância,
revela a diabete que o médico desconhecia no seu paciente; um hemograma solicitado sem
graves preocupações pode atestar a leucemia fatal! As enfermidades próprias da região
abdominal, embora explicadas com riqueza de detalhes pelos enfermos, muitas vezes deixam o
clínico vacilante quanto a situa uma colite, uma úlcera gastroduodenal ou um surto de ameba
histolítica! Uma vez que no ser humano é tão difícil visualizar com absoluta precisão a origem
dos seus males, requerendo-se múltiplos exames de laboratório para o diagnóstico final, muito
mais difícil será conhecer-se o morbo que, no animal, não se pode focaliza na sintomatologia
comum. Quantas vezes o suíno é abatido no momento exato em que se iniciou um surto
patogênico, cuja virulência ainda não pôde ser assinalada pelo veterinário mais competente,
salvo o caso de rigorosa autópsia e meticuloso exame de laboratório! Para isso evitar, a matança
de porcos exigiria, pelo menos, um veterinário para cada animal a ser sacrificado.
Os miasmas, bacilos, germes e coletividades microbianas famélicas, que se procriam no
caldo de cultura dos chiqueiros, penetram na vossa delicada organização humana, através das vís-
ceras do porco, e debilitam-vos as energias vitais. Torna-se difícil para o médico situar essa incursão
patogênica, inclusive a sua incubação e o período de desenvolvimento; por isso, mais tarde, há de
considerar a enfermidade como oriunda de outras fontes patológicas.
PERGUNTA:— Julgais, porventura, que a alimentação carnívora possa trazer prejuízos
físicos, de vez que a criatura já está condicionada, há milênios, a essa forma nutritiva? Qual a culpa
do homem em ser carnívoro, se desde a sua infância espiritual ele foi assim condicionado, de modo a
poder sobreviver no mundo físico?
RAMATÍS RESPONDE:— Repetimo-vos: nem todas as coisas que serviram para sustentar o homem,
nos primórdios da sua vida no plano físico, podem ser convenientes, no futuro, quando surgem então
novas condições morais ou psicológicas e a criatura humana pode cultuar concepções mais
avançadas. Antigamente, os ladrões tinham as suas mãos amputadas, e arrancava-se a língua aos per-
juros. Desde que vos apegais tanto ao tradicionalismo do passado, por que aos maledicentes
modernos não aplicais essas disposições punitivas, brutais e impiedosas? Os antigos trogloditas
comiam sem escrúpulo os retalhos de carne impregnados dos detritos do chão; no entanto,
atualmente, usais pratos, talheres, e lavais o alimento. Certamente, alegareis a existência, agora, de
um senso estético mais progressista, e que também tendes mais entendimento das questões de higiene
humana; mas não concordais, no entanto, em que esse senso estético avançado está a pedir, também,
a eliminação da carne de vossas mesas doentias!
Quando o homem ainda se estribava na ingestão de vísceras de animais, a fim de
sobreviver ao meio rude e agressivo da matéria, a sua alma também era compatível com a rudeza do
ambiente inóspito mas, atualmente, o espírito humano já alcançou noções morais tão elevadas, que
também lhe compete harmonizar-se a uma nutrição mais estética. Não se justifica que, após a sua
verticalização da forma hirsuta da idade da pedra, o homem prossiga nutrindo-se tão
sanguinariamente como a hiena, o lobo, a raposa ou as aves de rapina! Além de brutal e detestável
para aqueles que desejam se libertar dos planos inferiores, a carne é contínuo foco de infecção à
tessitura magnética e delicada do corpo etéreo-astral do homem.

PERGUNTA: — E que dizeis, então, daqueles que são avessos à ingestão da carne de
porco e que a consideram realmente doentio e repugnante, devido à forma nauseante de engorda dos
porcos nos chiqueiros?
RAMATÍS RESPONDE: — Embora essa aversão partícula pela carne de porco seja um passo a favor
da própria saúde astrofísica, nem por isso desaparecem outros nefastos processos nutritivos, que
preferem, e que lhes anulam a primeira disposição. Os mórbidos cuidados técnicos e as exigências
científicas continuam noutros setores onde se procura o bem exclusivo do homem e o máximo
sacrifício do animal. Aqui, mórbidos industriais criam milhões de gansos sob regime específico,
desenvolvendo-lhes o fígado de tal modo, que as aves se arrastam pelo solo em macabros
movimentos claudicantes, a fim de que a indústria do “patê de foie-gras” obtenha substância mais
rica para o enlatamento moderno; ali, peritos humildes batem apressadamente o sangue do boi, para
transformarem-no em tétricos chouriços de substância animal coagulada; acolá, não perdeis, sequer,
os órgãos excretores do animal, embora os saibais depósitos de venenos e detritos repugnantes;
raspados e submetidos à água fervente, os transformais em quitutes para a mesa festiva!
A panela terrícola absorve desde o miolo do animal até os sulcos carcomidos de suas
patas cansadas!
E, não satisfeitas da nutrição mórbida da semana, algumas criaturas escolhem o mais
belo domingo de céu azul e sol puro para, então, praticar a caça destruidora às aves inofensivas,
completando cruelmente a carnificina da semana! Os bandos de avezitas, de penas
ensangüentadas, vêm para seus lares onde, então, se transformam em novos pitéus epicurísticos,
a fim de que o caçador de aves obtenha alguns momentos lúbricos enquanto tritura a carne tenra
dos pássaros inofensivos. Quantas vezes a própria Natureza se vinga da ignomínia humana
contra os seus efeitos vivos! Súbito, o caçador tomba agonizante junto ao cano assassino de sua
própria arma, no acidente imprevisto, ou do disparo imprudente do companheiro desavisado!
Alhures, a serpe, a bactéria infecciosa ou o inseto venenoso termina tomando vingança contra a
caçada inglória!
Que importa, pois, que muitos sejam avessos à ingestão da carne do boi ou do suíno,
quando continuam requintando-se noutros repastos carnívoros e igualmente incoerentes para com
o sentimento espiritual que já devia predominar no homem!

PERGUNTA: — Que dizeis dos novos recursos preventivos, nos matadouros
modernos, em que se aplicam antibióticos para se evitar a deterioração prematura da carne? Essa
providência não termina extinguindo indo qualquer perigo na sua ingestão?
RAMATÍS RESPONDE: — Trata-se apenas de mais um requinte doentio do vosso mundo, e que
revela o deplorável estado de espírito em que se encontra a criatura humana. O homem não se
conforma com os efeitos daninhos que provêm de sua alimentação pervertida e procura, a todo
custo, fugir à sua tremenda responsabilidade espiritual. Mas não conseguirá ludibriar a lei
expiatória; em breve, novas condições enfermiças se farão visíveis entre os insaciáveis
carnívoros protegidos pela “profilaxia” dos antibióticos. Além do efeito deletério da carne, que
se intoxica cada vez mais com a própria emanação astral e mental do homem desregrado,
encontrar-vos-eis às voltas com o preciosismo técnico de novas enfermidades situadas no campo
das alergias inespecíficas, como produtos naturais das reações antibióticas nos próprios animais
preparados para o corte!
Espanta-nos a contradição humana, que principalmente, produz a enfermidade no
animal que pretende devorar e em seguida aplica-lhe a profilaxia do antibiótico!

PERGUNTA: — Podeis dar-nos um exemplo dessa contradição?
RAMATÍS RESPONDE: — Pois não? A vossa medicina considera que o homem gordo, obeso,
hipertenso, é um candidato à angina e à comoção cerebral; classifica-o como um tipo
hiperalbuminóide e portador de perigosa disfunção cárdio-hépato-renal. A terapêutica mais
aconselhada é um rigoroso regime de eliminação hidrossalina e dieta redutora de peso; ministra-
se ao homem alimentação livre de gorduras e predominantemente vegetal, e o médico alude ao
perigo da nefrite, ao grave distúrbio no metabolismo das gorduras e à indefectível esteatose
hepática. Cremos que, se os velhos pajés antropófagos conhecessem algo de medicina moderna e
pudessem compreender a natureza mórbida do obeso e sua provável disfunção orgânica, de modo
algum permitiriam que suas tribos devorassem os prisioneiros excessivamente gordos!

Compreenderiam que isso lhes poderia causar enfermidades inglórias, em vez de saúde,
vigor e coragem que buscavam na devora do prisioneiro em regime de ceva!Mas o homem do
século XX, embora reconheça a enfermidade das gorduras, devora os suínos obesos,
hipertrofiados na engorda albumínica, para conseguir a prodigalidade da banha e do toucinho:
primeiro os enferma em imundo chiqueiro, onde as larvas, os bacilos e microrganismos, próprios
dos charcos, fermentam as substâncias que alimentam os oxiúros, as lombrigas, as tênias, as
amebas colis ou histolíticas. O infeliz animal, submetido à nutrição putrefata das lavagens e dos
detritos, renova-se em suas próprias dejeções e exsuda a pior cota de odor nauseante, tomando-se
o transformador vivo de imundícies, para acumular a detestável gordura que deve servir às mesas
fúnebres. Exausto, obeso, letárgico e suarento, o porco tomba ao solo com as banhas fartas e fica
submerso na lama nauseante; é massa viva de uréia gelatinosa, que só pode ser erguida pelos
cordames, para a hora do sacrifício no matadouro. Que adianta, pois, o convencional beneplácito
de “sadio”, que cumpre ao veterinário, na autorização para o corte do animal, quando a própria
ciência humana já permitiu o máximo de condições patogênicas! De modo algum essa tétrica
“profilaxia” antibiótica livrar-vos-á da seqüência costumeira a que sois submetidos implacavelmente;
continuareis a ser devorados, do mesmo modo, pela cirrose, a colite, a úlcera, a tênia, o enfarte, a
nefrite ou o artritismo; cobrir-vos-eis, também, de eczemas, urticárias, pênfigo, chagas ou crostas
sebáceas; continuareis, indubitavelmente, sob o guante da icterícia, da gota, da enxaqueca e das
infecções desconhecidas; cada vez mais enriquecereis os quadros da patogenia médica, que vos
classificarão como “casos brilhantes” na esfera principal das síndromes alérgicas.

PERGUNTA: — Uma vez que os animais e as aves são inconscientes e de fácil
proliferação, a sua morte, para nossa alimentação, deve ser considerada crime tão severo, quando se
trata de costume que já nasceu com o homem? Cremos que Deus foi quem estabeleceu a vida assim
como ela é, e o homem não deve ser culpado por apenas seguir as suas diretrizes tradicionais,
cumpria a Deus, na sua Augusta Inteligência, conduziras suas criaturas para outra forma de nutrição
independente da carne: não é verdade?
RAMATÍS RESPONDE: — A culpa começa exatamente onde também começa a consciência quando já
pode distinguir o justo do injusto e o certo do errado. Deus não condena suas criaturas, nem as pune
por seguirem diretrizes tradicionais e que lhes parecem mais certas; não existe, na realidade,
nenhuma instituição divina destinada a punir o homem, pois é a sua própria consciência que o acusa,
quando desperta e percebe os seus equívocos ante a Lei da Harmonia e da Beleza Cósmica. Já vos
dissemos que, quando o selvagem devora o seu irmão, para matar a fome e herdar-lhe as qualidades
guerreiras, trata-se de um espírito sem culpa e sem malícia perante a Suprema Lei do Alto. A sua
consciência não é capaz de extrair ilações morais ou verificar qual o caráter superior ou inferior da
alimentação vegetal ou carnívora. Mas o homem que sabe implorar piedade e clamar por Deus, em
suas dores; que distingue a desgraça da ventura; que aprecia o conforto da família e se comove diante
da ternura alheia; que derrama lágrimas compungidas diante da tragédia do próximo ou de novelas
melodramáticas; que possui sensibilidade psíquica para anotar a beleza da cor, da luz e da alegria;
que se horroriza com a guerra e censura o crime, teme a morte, a dor e a desgraça; que distingue o
criminoso do santo, o ignorante do sábio, o velho do moço, a saúde da enfermidade, o veneno do
bálsamo, a igreja do prostíbulo, o bem do mal, esse homem também há de compreender o equívoco
da matança dos pássaros e da multiplicação incessante dos matadouros, charqueadas, frigoríficos e
açougues sangrentos. E será um delinqüente perante a Lei de Deus se, depois dessa consciência
desperta, ainda persistir no erro que já é condenado no subjetivismo da alma e que desmente um
Ideal Superior!
Se o selvagem devora o naco de carne sangrenta do inimigo, o faz atendendo à fome e à
idéia de que Tupã quer os seus guerreiros plenos de energias e de heroísmos; mas o civilizado
que mata, retalha, coze e usa a sua esclarecida inteligência para melhorar o molho e acertar a
pimenta e a cebola sobre as vísceras do irmão menor, vive em contradição com a prescrição da
Lei Suprema. De modo algum pode ele alega a ignorância dessa lei, quando a galinha é torcida
em seu pescoço e o boi traumatizado no choque da nuca; quando o porco e o carneiro tombam
com a garganta dilacerada; quando a malvadez humana ferve os crustáceos vivos, embebeda o
peru para “amaciar a carne” ou então satura o suíno de sal para melhorar o chouriço feito de
sangue coagulado.
Quantas vezes, enquanto o cabrito doméstico lambe as mãos do seu senhor, a quem se
afinizara inocentemente, recebe o infeliz animal a facada traiçoeira nas entranhas, apenas porque
é véspera do Natal de Jesus! A vaca se lamenta e lambe o local onde matam o seu bezerro; o
cordeiro chora na ocasião de morrer!
Só não matais o rato, o cão, o cavalo ou o papagaio, para as vossas mesas festivas,
porque a carne desses seres não se acomoda ao vosso paladar afidalgado; em conseqüência, não é
a ventura do animal o que vos importa, mas apenas a ingestão prazenteira que ele vos pode
oferecer nas mesas lúgubres.

sábado, 10 de abril de 2021

thumbnail

PALAVRAS DE RAMATIS 02


PALAVRAS DE RAMATIS 02.

 
FISIOLOGIA DA ALMA.

A Alimentação Carnívora e o Vegetarianismo.
 
ERGUNTA: — Esses métodos eficientes e de rapidíssima execução na matança que
se processa nos matadouros e frigoríficos modernos, evitam os prolongados sofrimentos que
eram comuns no tipo de corte antigo. Não é verdade?
RAMATÍS: — Pensamos que o senso estético da Divindade há se sempre preferir a
cabana pobre, que abriga o animal amigo, ao matadouro rico que mata sob avançado
cientificismo da indústria fúnebre. As regiões celestiais são paragens ornadas de luzes, flores e
cores, onde se casam os pensamentos generosos e os sentimentos amoráveis de suas
humanidades cristificadas. Essas regiões também serão alcançados, um dia, mesmo por aqueles
que constroem os tétricos frigoríficos e os matadouros de equipo avançado, mas que não se
livrarão de retornar à Terra, para cumprir em si mesmos o resgate das torpezas e das
perturbações infligidos ao ciclo evolutivo dos animais. Os métodos eficientes da matança
científica, mesmo que diminuam o sofrimento do animal, não eximem o homem da
responsabilidade de haver destruído prematuramente os conjuntos vivos que também evoluem,
como são os animais criados pelo Senhor da Vida!

Só Deus tem o direito de extingui-los, salvo quando eles oferecem perigo para a vida
humana, que é um mecanismo mais evoluído, na ordem da Criação.
PERGUNTA: — Surpreendem-nos as vossas asserções algo vivas; muita gente não
compreende, ainda, que essa grave impropriedade da alimentação carnívora causa-nos tão
terríveis conseqüências! Será mesmo assim?
RAMATÍS: — O anjo, já liberto dos ciclos reencarnatórios, é sempre um tipo de
suprema delicadeza espiritual. A sua tessitura diáfana e formosa, e seu cântico inefável aos
corações humanos não são produtos dos fluidos agressivos e enfermiços dos “patê de foie-gras”
(pasta de fígado hipertrofiado), da famigerada “dobradinha ao molho pardo” ou do repasto
albumínico do toucinho defumado!
A substância astral, inferior, que exsuda da carne do animal, penetra na aura dos seres
humanos e lhes adensa a transparência natural, impedindo os altos vôos do espírito. Nunca
havereis de solucionar problema tão importante com a doce ilusão de ignorar a realidade do
equívoco da nutrição carnívora e, quiçá, tarde demais para a desejada solução.
Expomo-vos aquilo que deve ser meditado e avaliado com urgência, porque os tempos
são chegados e não há subversão no mecanismo sideral. E mister que compreendais, com toda
brevidade, que o veículo perispiritual é poderoso ímã que atrai e agrega as emanações deletérias
do mundo inferior, quando persistis nas faixas vibratórias das paixões animais. E preciso que
busqueis sempre o que se afina aos estados mais elevados do espírito, não vos esquecendo de que
a nutrição moral também se harmoniza à estesia do paladar físico. Em verdade, enquanto os
lúgubres veículos manchados de sangue percorrerem as vossas ruas citadinas, para despejar o seu
conteúdo sangrento nos gélidos açougues e atender às filas irritadas à procura de carne, muitas
reencarnações serão ainda precisas para que a vossa humanidade se livre do deslize psíquico, que
sempre há de exigir a terapia das úlceras, cirroses hepáticas, nefrites, artritismo, enfartes,
diabetes, tênias, amebas ou uremias!
PERGUNTA: — Por que motivo considerais que o homem se inferioriza ao selvagem,
na alimentação carnívora, se ele usa de processos eficientes, que visam evitar o sofrimento do
animal no corte? Não concordais em que o homem também atende à sua necessidade de viver e
se subordina a um imperativo nutritivo que lhe requer uma organização industrial?
RAMATÍS: — O selvagem, embora feroz e instintivo, serve-se da carne pela
necessidade exclusiva de nutrição e sem transformá-la em motivos para banquetes e libações de
natureza requintada; entre os civilizados, entretanto, revivem esses mesmos apetites do selvagem
mas, paradoxalmente, de modo mais exigente, servindo de pretexto para noitadas de prazer, sob
as luzes fulgurantes dos luxuosos hotéis e restaurantes modernos. Criaturas ruidosas, álacres, e
que apregoam a posse de genial intelecto, devoram, em mesas festivas, os cadáveres dos animais,
regados pelos temperos excitantes, enquanto a orquestra famosa executa melodias que se casam
aos odores da carne carbonizada ou do cozido fumegante!
Apesar dos floreios culinários e do cardápio de iguanas “sui generis”, que tentam
atenuar o aspecto repugnante das vitualhas sangrentas, os homens carnívoros não conseguem
esconder a realidade do apetite desregrado humano! Aqui, a designação de “dobradinha à moda
da casa” apenas disfarça o repulsivo ensopado de estômago de boi; ali, os sugestivos “miúdos à
milanesa” são apenas retalhos de vesículas e fígado, traindo o sabor amargo da bílis animal;
acolá, os “apetitosos rins no espeto” não conseguem sublimar a sua natureza de órgãos
excretores da albumina e da uréia, que ainda se estagnam sob o cutelo mortífero. Embora se
queira louvar o esforço do mestre culinário, o “mocotó à européia” não passa de viscoso mingau
de óleo lubrificante de boi abatido; os “frios à americana” não vão além de vitualha sangrenta, e
a “feijoada completa” é apenas um nauseante charco de detritos cozidos na imundície do
chouriço denegrido, dos pés, películas e retalhos arrepiantes do porco, que ainda se misturam à
uréia da banha gordurosa!
E evidente que se deve desculpar o bugre ignorante, que ainda se subjuga à nutrição
carnívora e perverte o seu paladar, porque a sua alma atrasada ignora a soma de raciocínios
admiráveis que ao civilizado já é dado movimentar na esfera científica, artística, religiosa e
moral. Enquanto os banquetes pantagruélicos dos Césares romanos marcam a decadência de uma
civilização, a figura de Gandhi, sustentado a leite de cabra, é sempre um estímulo para a
composição de um mundo melhor.
PERGUNTA: — Deveríamos, porventura, violentar o nosso organismo físico, que é
condicionado milenarmente à alimentação de carne? certos de que a natureza não dá saltos e não
pode adaptar-se subitamente ao vegetarianismo, consideramos que seria perigosa qualquer
modificação radical nesse sentido. O nosso processo de nutrição carnívora já é um automatismo
biológico milenário. que há de exigir alguns séculos para uma adaptação tão insólita. Quais as
vossas considerações a esse respeito?
RAMATÍS: — Não sugerimos a violência orgânica para aqueles que ainda não
suportariam essa modificação drástica; para esses, aconselhamos gradativamente adaptações do
regime da carne de suíno para o de boi, do de boi para o de ave e do de ave para o de peixe e
mariscos. Após disciplinado exercício em que a imaginação se higieniza e a vontade elimina o
desejo ardente de ingerir os despojos sangrentos, temos certeza de que o organismo estará apto
para se ajustar a um novo método nutritivo de louvor espiritual. Mas é claro que tudo isso pede
por começar e, se desde já não efetuardes o esforço inicial que alhures tereis de enfrentar, é
óbvio que hão de persistir tanto esse tão alegado condicionamento biológico como a natural
dificuldade para uma adaptação mais rápida. Mas é inútil procurardes subterfúgios para justificar
a vossa alimentação primitiva e que já é inadequada à nova índole espiritual; é tempo de vos
asseardes, a fim de que possais adotar novo padrão alimentício. Inegavelmente, o êxito não será
alcançado do modo por que fazeis a substituição do combustível de vossos veículos; antes de
tudo, a vossa alma terá que participar vigorosamente de um exercício, para que primeiramente
elimine da mente o desejo de comer carne.
Muitas almas decididas, que já comandam o seu corpo físico e o submetem à vontade
da consciência espiritual, têm violentado esse automatismo biológico da nutrição de carne, do
mesmo modo por que alguns seres extinguem o vício de fumar, sob um só impulso de vontade.
Também estais condicionados ao vício da intriga, da raiva, da cólera, do ciúme, da crueldade, da
mentira e da luxúria; no entanto, muitos se libertam repentinamente dessas mazelas, sob
hercúleos esforços evangélicos.
E reconhecendo a debilidade da alma humana para as libertações súbitas, e preparando-
vos psiquicamente para repudiardes a carne, que temos procurado influenciar o mecanismo do
vosso apetite, dando-vos conselhos cruamente e de modo ostensivo, de modo a que mais
facilmente vos liberteis dos exóticos desejos de assados e cozidos, que, na realidade, não passam
de rebotalhos e cadáveres que vos devem inspirar náuseas e aversão digestivas.
Daí as nossas preocupações sistemáticas, em favor do vosso bem espiritual, para que ante
a visão, por exemplo, de dobradinhas “saborosas” que recendem ao molho odorante, reconheçais,
na verdade, as tétricas cartilagens que protegem a região broncopulmonar do boi, em cujo local
se processam as mais repugnantes trocas de matéria corrompida!

OBRIGADO AMIGOS POR ASSISTIREM O CANAL 
CURTAM O VIDEO SE INSCREVAM NO CANAL E MUITA PAZ
AMOR E SABEDORIA A TODOS.

quarta-feira, 7 de abril de 2021

thumbnail

PALAVRAS DE RAMATIS 01


PALAVRAS DE RAMATIS 01.

 
FISIOLOGIA DA ALMA.

A Alimentação Carnívora e o Vegetarianismo.
#caminhantedomultiverso #desmanipulador #thefanthon #ramatis 
PERGUNTA: — Em vista das opiniões variadas e por vezes contraditórias, tanto entre
as correntes religiosas e profanas como até entre a classe médica, quanto ao uso cia carne dos
animais como alimento, gostaríamos que nos désseis amplos esclarecimentos a respeito, de modo
a chegarmos a uiva conclusão clara e lógica sobre se o regime alimentar carnívoro prejudica ou
não o nosso organismo ou influi de qualquer modo para que seja prejudicada a evolução do
nosso espírito. Preliminarmente, devemos dizer que no Oriente — como o afirmam muitas das
pessoas antivegetarianas — a abstenção do uso da carne como alimento parece prender-se apenas
a unia tradição religiosa, que os ocidentais consideram como uma absurdidade, dada a diferença
de costumes entre os dois povos. Que nos dizeis a respeito?
RAMATÍS:— A preferência pela alimentação vegetariana, no Oriente, fundamenta-se
na perfeita convicção de que, à medida que a alma progride, é necessário, também, que o
vestuário de carne se lhe harmonize ao progresso espiritual já alcançado. Mesmo nos remos
inferiores, a nutrição varia conforme a delicadeza e sensibilidade das espécies. Enquanto o verme
disforme se alimenta no subsolo, a poética figura alada do beija-flor sustenta-se com o néctar das
flores. Os iniciados hindus sabem que os despojos sangrentos da alimentação carnívora fazem
recrudescer o atavismo psíquico das paixões animais, e que os princípios superiores da alma
devem sobrepujar sempre as injunções da matéria. Raras criaturas conseguem libertar-se da
opressão vigorosa das tendências hereditárias do animal, que se fazem sentir através da sua
carne.
PERGUNTA:— Mas a alimentação carnívora, principalmente no Ocidente, já é um
hábito profundamente estratificado no psiquismo humano. cremos que estamos tão
condicionados organicamente à ingestão de carne, que sentir-nos-íamos debilitados ante a sua
mais reduzida dieta!
RAMATÍS:— Já tendes provas irrecusáveis de que podeis viver e gozar de ótima
saúde sem recorrerdes à alimentação carnívora. Para provar o vosso equívoco, bastaria
considerar a existência, em vosso mundo, de animais corpulentos e robustos, de um vigor
extraordinário e que, entretanto, são rigorosamente vegetarianos, tais como o elefante, o boi, o
camelo, o cavalo e muitos outros. Quanto ao condicionamento biológico, pelo hábito de
comerdes carne, deveis compreender que o orgulho, a vaidade, a hipocrisia ou a crueldade,
também são estigmas que se forjaram através dos séculos, mas tereis que eliminá-los
definitivamente do vosso psiquismo. O hábito de fumar e o uso imoderado do álcool também se
estratificam na vossa memória etérica; no entanto, nem por isso os justificais como necessidades
imprescindíveis das vossas almas invigilantes.Reconhecemos que, através dos milênios já vividos, para a formação de vossas
consciências individuais, fostes estigmatizados com o vitalismo etérico da nutrição carnívora;
mas importa reconhecerdes que já ultrapassais os prazos espirituais demarcados para a
continuidade suportável dessa alimentação mórbida e cruel. Na técnica evolutiva sideral, o
estado psicofísico do homem atual exige urgente aprimoramento no gênero de alimentação; esta
deve corresponder, também, às próprias transformações progressistas que já se sucederam na
esfera da ciência, da filosofia, da arte, da moral e da religião.
O vosso sistema de nutrição é um desvio psíquico, uma perversão do gosto e do olfato;
aproximai-vos consideravelmente do bruto, nessa atitude de sugar tutanos de ossos e de
ingerirdes vísceras na feição de saborosas iguanas. Estamos certos de que o Comando Sideral
está empregando todos os seus esforços a fim de que o terrícola se afaste, pouco a pouco, da
repugnante preferência zoofágica.
OBRIGADO AMIGOS POR ASSISTIREM O CANAL 
CURTAM O VIDEO SE INSCREVAM NO CANAL E MUITA PAZ
AMOR E SABEDORIA A TODOS.

domingo, 4 de abril de 2021

thumbnail

45 Onde estavam os elementos orgânicos, antes da formação da Terra


O LIVRO DOS ESPIRITOS 
AGORA EM AUDIO
 
Formação dos seres vivos
45. Onde estavam os elementos orgânicos, antes da formação da Terra?
“Achavam-se, por assim dizer, em estado de fluido no Espaço, no
meio dos Espíritos, ou em outros planetas, à espera da criação da
Terra para começarem existência nova em novo globo.”
A Química nos mostra as moléculas dos corpos inorgânicos unindo-se para
formarem cristais de uma regularidade constante, conforme cada espécie,
desde que se encontrem nas condições precisas. A menor perturbação nestas
condições basta para impedir a reunião dos elementos, ou, pelo menos, para
obstar à disposição regular que constitui o cristal. Por que não se daria o
mesmo com os elementos orgânicos? Durante anos se conservam germes de
plantas e de animais, que não se desenvolvem senão a uma certa tempera-
tura e em meio apropriado. Têm-se visto grãos de trigo germinarem depois
de séculos. há, pois, nesses germes um princípio latente de vitalidade, que
apenas espera uma circunstância favorável para se desenvolver. O que diaria-
mente ocorre debaixo das nossas vistas, por que não pode ter ocorrido desde
a origem do globo terráqueo? A formação dos seres vivos, saindo eles do
caos pela força mesma da Natureza, diminui de alguma coisa a grandeza de
Deus? longe disso: corresponde melhor à ideia que fazemos do seu poder a
se exercer sobre a infinidade dos mundos por meio de leis eternas. Esta teoria
não resolve, é verdade, a questão da origem dos elementos vitais; mas Deus
tem seus mistérios e pôs limites às nossas investigações.
livro dos espiritos,allankardec,

About