sexta-feira, 25 de junho de 2021

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DÁDIVA FELIZ



DÁDIVA FELIZ “ E disse : verdadeiramente vos digo que es­ ta viúva pobre deu mais do que todos” . A caridade, em todas as épocas, constitui motivo de atração para as almas que têm maior sensibilidade para as coisas de Deus. As formas de praticá-la va­ riam, de acordo com o meio em que as pessoas se en­ contram, desde o pedinte das ruas, até os círculos coruscantes de pedrarias daqueles que se congregam no calor social. Entre esses dois polos, pede-se, para alguém, ou para alguma coisa. O ato de dar, com cer­ teza, alivia, de maneira sutil, e conforta o coração que oferta. Como todas as coisas, aperfeiçoa-se a caridade. Nos que distribuem por vaidade, chama-se alívio temporário de consciência; nos religiosos que dão, esperando ga­ nhar alguma coisa no céu, empréstimo a longo prazo; os que oferecem com amor aos necessitados, sem espe­ rar nenhuma recompensa, estes estão fazendo a verda­ deira caridade. O ser humano não evolui de um dia para outro, co­ mo ninguém sobe uma grande escada, saltando do pri­ meiro ao último degrau, mas sim, lance a lance; eis porque a natureza, também, usa esse método no campo da evolução espiritual. O “não julgueis para não serdes julgados”, cons­ titui uma disciplina para todos nós. Não fora isso, o cristão descambaria para o terreno da maledicência, a julgar desenfreadamente, porque o semelhante ajuda esperando recompensa, dá na certeza de receber e abençoa para ser garantido pelo céu. Essas almas, na verdade, iniciam seus passos nas hostes do Cristo, â procura de Deus. E qual de nós tem autoridade para julgar, se o Mestre não procedeu dessa forma com a mulher adúltera ? — Deus, antes que os olhos humanos, vê tudo, e ainda tavorece meios de vida saudáveis para os comerciantes desonestos, para os trapaceiros, para os ignorantes, para os que roubam, para os que negam suas próprias proce­ dências. Então, nós outros é que vamos persegui-los, julgá-los ? Se assim procedermos, estaremos nos desfa­ zendo do honroso título de companheiros de Cristo, porque quem ataca o comércio das coisas de Deus, ni­ vela-se aos errados; quem persegue os trapaceiros, comunga com eles; quem massacra o ignorante, é seu igual; quem não esclarece aos que roubam, quer ter ladrão para sempre; quem amaldiçoa os que negam a Deus, está construindo o verdadeiro materialismo, roupa velha já deixada pelos filhos pródigos. A caridade não tem dono nem obedece aos homens; é filha do amor, e portanto, universal. Não há quem a tenha definido melhor que Paulo de Tarso, quando disse : ‘‘Ela tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta". Passando Jesus por perto de um templo, vê filas de pessoas a depositar dinheiro no gasofilácio, que tilin­ tava mais, ou menos, de acordo com a quantidade de dádiva ofertada. Os que tinham posses, despejavam grande quantidade de denários, e os sons anunciavam as ofertas dos ricos. Mas acontece passar uma viúva pobre, colocando sua última moeda no cofre do templo. O Nazareno percebeu, com interesse, e sentiu o amor daquela mulher que ofertara tudo o que possuía, sem pensar em recompensas. Jesus não ofende os ricos, não julga os poderosos. Mas, no meio dos seus, estimula a verdadeira caridade. "E disse : verdadeiramente vos digo que esta viúva pobre deu mais do que todos. " Alguns Angulos dos Ensinos do Mestre (psicografia Joao Nunes Maia - espirito Miramez)

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