Amigo, atendamos ao apelo da fraternidade. Abra a própria alma às manifestações generosas para com to- dos os seres, sem trancar-se na torre das falsas situações perante o mundo. A pretexto de viver com dignidade, não caminhe indiferente ao passo dos semelhantes. Busque relacionar-se com as pessoas de todos os níveis soci- ais, tendo amigos além das fronteiras do lar, da fé religiosa e da profissão. Evite a circunspecção constante e a tristeza sistemática que ge- ram a frieza e sufocam a simpatia. Não menospreze a pessoa mal vestida nem a pessoa bem- posta. Não crie exceções na gentileza para com o companheiro menos experiente ou menos educado, nem humilhe aquele que atenta contra a gramática. Não deixe correr meses sem visitar e falar aos irmãos menos favorecidos, ignorando a dor que acaso exista. Não condicione as relações com os outros ao paletó e à grava- ta, às unhas esmaltadas ou aos sapatos brilhantes que possam mos- trar. Não se escravize ao título convencional e nem exagere as exi- gências da sua posição em sociedade. Dê atenção a quem lha peça, sem criar empecilhos. Trave conhecimento com os vizinhos, sem qualquer solenida- de. Faça amizade desinteressadamente. Aceite o favor espontâneo e preste serviço também sem pensar em remuneração. Ninguém pode fugir à convivência da Humanidade. Saiba, pois, viver com todos para que o orgulho não lhe solape o equilíbrio. Quem se encastela no próprio espírito é assim como o poço de água parada que envenena a si mesmo. Seja comunicativo. Sorria à criança. Cumprimente o velhinho. Converse com o doente. Liberte o próprio coração, destruindo as barreiras de conheci- mento e fé, título e tradição, vestimenta e classe social, existentes entre você e as criaturas, e a felicidade que você fizer para os ou- tros será luz da felicidade sempre maior brilhando em você. André Luiz |
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