sábado, 28 de março de 2020

quarta-feira, 25 de março de 2020

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Chamada e escolha

Sem flor não há semente.
Mas se a flor prepara, só a semente permanece.
Sem instrução, a máquina é segredo.
Mas se a instrução avisa, só a máquina produz.
Sem convicção, a atitude não aparece.
Mas se a convicção indica, só a atitude define.
Sem programa, o trabalho se desordena.
Mas se o programa sugere, só o trabalho realiza.
Sem teoria, a experiência não se expressa.
Mas se a teoria estuda, só a experiência marca.
Sem lição, o exercício não vale
Mas se a lição esclarece, só o exercício demonstra.
Sem ensinamento, a obra não surge.
Mas se o ensinamento aconselha, só a obra convence.
Disse Jesus, referindo-se à Divina Ascensão:
“Serão muitos os chamados e poucos os escolhidos para o rei-
no dos céus.”
Isso quer dizer que, sem chamada não há escolha.
Mas se estamos claramente informados de que a chamada vem
de Deus, atingindo todas as criaturas na hora justa da evolução, só
a escolha, que depende do nosso exemplo, nos confere caminho
para a Vida Maior.
Emmanuel

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Você e os outros

Amigo, atendamos ao apelo da fraternidade.
Abra a própria alma às manifestações generosas para com to-
dos os seres, sem trancar-se na torre das falsas situações perante o
mundo.
A pretexto de viver com dignidade, não caminhe indiferente ao
passo dos semelhantes.
Busque relacionar-se com as pessoas de todos os níveis soci-
ais, tendo amigos além das fronteiras do lar, da fé religiosa e da
profissão.
Evite a circunspecção constante e a tristeza sistemática que ge-
ram a frieza e sufocam a simpatia.
Não menospreze a pessoa mal vestida nem a pessoa bem-
posta.
Não crie exceções na gentileza para com o companheiro menos
experiente ou menos educado, nem humilhe aquele que atenta
contra a gramática.
Não deixe correr meses sem visitar e falar aos irmãos menos
favorecidos, ignorando a dor que acaso exista.
Não condicione as relações com os outros ao paletó e à grava-
ta, às unhas esmaltadas ou aos sapatos brilhantes que possam mos-
trar.
Não se escravize ao título convencional e nem exagere as exi-
gências da sua posição em sociedade.
Dê atenção a quem lha peça, sem criar empecilhos.
Trave conhecimento com os vizinhos, sem qualquer solenida-
de.
Faça amizade desinteressadamente.
Aceite o favor espontâneo e preste serviço também sem pensar
em remuneração.
Ninguém pode fugir à convivência da Humanidade.
Saiba, pois, viver com todos para que o orgulho não lhe solape
o equilíbrio.
Quem se encastela no próprio espírito é assim como o poço de
água parada que envenena a si mesmo.
Seja comunicativo.
Sorria à criança.
Cumprimente o velhinho.
Converse com o doente.
Liberte o próprio coração, destruindo as barreiras de conheci-
mento e fé, título e tradição, vestimenta e classe social, existentes
entre você e as criaturas, e a felicidade que você fizer para os ou-
tros será luz da felicidade sempre maior brilhando em você.
André Luiz

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Mensagem da criança ao homem

Construíste palácios que assombram a Terra; entretanto, se me
largas ao relento, porque me faltem recursos para pagar hospeda-
gem, é possível que a noite me enregele de frio.
Multiplicaste os celeiros de frutos e cereais, garantindo os pró-
prios tesouros; contudo, se me negas lugar à mesa, porque eu não
tenha dinheiro a fim de pagar o pão, receio morrer de fome.
Levantaste universidades maravilhosas, mas se me fechas a
porta da educação, porque eu não possua uma chave de ouro, temo
abraçar o crime, sem perceber.
Criaste hospitais gigantescos; no entanto, se não me defendes
contra as garras da enfermidade, porque eu não te apresente uma
ficha de crédito, descerei bem cedo ao torvelinho da morte.
Proclamas o bem por base da evolução; todavia, se não tens
paciência para comigo, porque eu te aborreça, provavelmente ainda
hoje cairei na armadilha do mal, como ave desprevenida no laço do
caçador.
Em nome de Deus que dizes amar, compadece-te de mim!...
Ajuda-me hoje para que eu te ajude amanhã.
Não te peço o máximo que alguém talvez te venha a solicitar
em meu benefício...
Rogo apenas o mínimo do que me podes dar para que eu possa
viver e aprender.
Meimei

terça-feira, 24 de março de 2020

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Quando voltares


Sofres pedindo alívio e inebrias-te na oração, como quem sobe
ao Céu pela escada sublime da bênção...
Rogas a presença do Cristo.
Todavia, não encontras o Mestre, diante de quem te prostrarias
de rastros.
Sabes porém, que nas Alturas os Braços Eternos te sustentam a
vida e, enquanto te enterneces na melodia da confiança, sentes que
tua alma se coroa de luz, ao fulgor das estrelas.
Suplicas, em prece, a própria felicidade e a felicidade dos que
mais amas, obtendo consolo e refazendo energias...
Contudo, quando voltares da divina excursão que fazes em
pensamento, desce teus olhos no vale dos que padecem.
Surpreenderás aqueles para quem leve migalha de teu conforto
expressará sempre, de algum modo, a aquisição da perfeita alegria.
Os mutilados em pranto oculto, os enfermos deixados aos pe-
sadelos da noite, os infelizes em desespero e os pequeninos que se
amontoam ante o lar de ninguém...
Descobrindo-os, decerto não lhes alongarás apenas o olhar do-
rido, mas também as próprias mãos, aprendendo a redentora ciên-
cia de auxiliar.
Compreenderás então que podes igualmente distribuir na Terra
o tesouro de amor que imploras do Céu e, quem sabe?...
Talvez hoje mesmo, penetrando o quarto sem lume de algum
doente que o mundo esqueceu no catre da angústia, encontrarás o
Senhor, velando-lhe as horas, a dizer-te com ternura inefável:
– “Para que me chamaste? Eu estou aqui.”
Francisco Cândido Xavier / Waldo Vieira – O Espírito da Verdade
Meimei
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A reivindicação


Há muito aspirava Saturnino Peixoto ao interesse de algum
homem público para favorecê-lo na abertura de certa estrada.
Para isso, conversou, estudou, argumentou...
Concluiu, por fim que a pessoa indicada seria o deputado Ota-
viano, recém-eleito, homem ao qual se referiam todos da melhor
maneira, pela atenção e carinho com que se dedicava à solução dos
problemas da extensa região que representava.
Depois de ouvir o escrivão da cidade, Saturnino redigiu longa
carta-memorial, minudenciando a reivindicação.
E ficou aguardando a resposta.
Correram dias, semanas, meses.
Nenhum aviso.
Revoltado, Saturnino começou a exprobrar a conduta política
do deputado que nem sequer lhe respondera à carta.
Sempre que se lembrava do assunto, criticava o político, cen-
surando-o asperamente, a envolver todos os homens públicos em
condenação desabrida.
Nada valiam ponderações da companheira, Dona Estefânia,
espírita convicta, que lhe pedia perdoar e esquecer.
Transcorreram três anos, até que a solicitação caducou.
Saturnino, obrigado a desistir da idéia, guardou, contudo, pro-
fundo ressentimento do legislador que terminava o mandato.
Certo dia, porém, revolvia os guardados de velha prateleira no
escritório, quando encontrou, surpreendido, entre livros e papéis
relegados à traça, o memorial que escrevera ao deputado, dentro de
envelope sobrescritado, selado e recoberto de pó.
Saturnino se esquecera de enviar a carta...
Francisco Cândido Xavier / Waldo Vieira – O Espírito da Verdade
Hilário Silva
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Rogativa das mãos


1 – Nascemos com você para a realização de sua tarefa.
Não nos deixe desocupadas.
2 – Evite usar-nos em bebidas e alimentos impróprios.
Não nos obrigue a impor-lhe o suicídio.
3 – Não se queixe do mundo.
Em verdade, não conseguimos apanhar estrelas, mas podemos
plantar flores.
4 – É possível que você tenha necessidade de estender-nos al-
gumas vezes para pedir.
Antes, porém, dirija-nos ao trabalho, para que venhamos a me-
recer.
5 – Refere-se você à genialidade do cérebro.
Entretanto, sem nós, a Torre Eiffel ficaria em projeto e as sin-
fonias de Beethoven não passariam de sonho.
6 – Orgulha-se você de muitas máquinas.
Contudo, sem a nossa cooperação, seriam elas inúteis.
7 – Você diz que a manutenção da própria existência está pela
hora da morte.
Mas, se você quiser, cultivaremos feijão, arroz, milho ou bata-
tas e enriqueceremos a vida.
8 – Lamenta-se você quanto à falta de empregados.
Não olvide, porém, que é um insulto exigir dos outros aquilo
que podemos fazer por nós mesmos.
9 – Afirma-se você sem tempo para ajudar, mas despende lon-
gas horas em conversações sem proveito.
Recorde que Deus não nos confiou a você para sermos guarda-
das no bolso ou para sermos dependuradas em janelas e postes,
poltronas e balaústres.
10 – Em muitas ocasiões você sai na sombra da tristeza ou do
desânimo, conservando a cabeça como pote de fel.
Entretanto, se você colocar-nos no serviço do bem, vazaremos
suas mágoas através do suor, e você sorrirá cada instante, encon-
trando a alegria de viver em forma de nova luz.
André Luiz
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NO REINO DOMESTICO


NO  REINO  DOMÉSTICO 
Você, meu amigo, pergunta que papel desempenhará o Espiritismo, na ciência das relações sociais,  e,  muito  simplesmente,  responderei  que,  aliado  ao  Cristo,  o  nosso  movimento renovador é a chave da paz, entre as criaturas. Já terá refletido, porventura, na importância da compreensão generalizada, com respeito à justiça que nos rege a vida, e à fraternidade que nos cabe construir na Terra? A sociologia não é a realização de gabinete. É obra viva que interessa o cerne do homem, de modo a plasmar-lhe o clima de progresso substancial. Reporta-se você ao amargo problema dos casamentos infelizes, como se o matrimônio fosse o  único  enigma  na  peregrinação  humana,  mas  se  esquece  de  que  a  alma  encarnada  é
surpreendida, a cada passo, por escuros labirintos na vida de associação.
Habitualmente,  renascem  juntos,  sob  os  elos  da consangüinidade, aqueles que ainda não acertaram  as  rodas  do  entendimento,  no  carro  da  evolução,  a  fim  de  trabalharem  com  o abençoado buril da dificuldade sobre as arestas que lhes impedem a harmonia. Jungidos à
máquina das convenções respeitáveis, no instituto familiar, caminham, lado a lado, sob os aguilhões da responsabilidade e da traição, sorvendo o remédio amargoso da convivência compulsória para sanarem velhas feridas imanifestas. E nesse  vastíssimo  roteiro  de  Espíritos  em desajuste, não identificaremos tão somente os cônjuges  infortunados.  Além  deles,  há  fenômenos  sentimentais  mais  complexos.  Existem
pais  que  não  toleram  os  filhos  e  mães  que  se  voltam,  impassíveis,  contra  os  próprios descendentes.  Há  filhos  que  se  revelam  inimigos  dos  progenitores  e  irmãos  que  se exterminam  dentro  do  magnetismo  degenerado  da  antipatia congênita, dilacerando-se uns aos  outros,  com raios mortíferos e invisíveis do ódio e do ciúme, da inveja e do despeito,
apaixonadamente cultivados no solo mental. Os hospitais e principalmente os manicômios apresentam significativo número de enfermos, que  não  passam  de  mutilados  espirituais  dessa  guerra  terrível  e  incruenta  na  trincheira mascarada sob o nome de lar. Batizam-nos os médicos com rotulagens diversas, na esfera da diagnose complicada; entretanto, na profundez das causas, reside a influência maligna da
parentela  consangüínea  que,  não  raro,  copia  as  atitudes  da  tribo  selvagem  e  enfurecida. Todos os dias, semelhantes farrapos humanos atravessam os pórticos das casas de saúde ou da caridade, à maneira de restos indefiníveis de náufragos, perdidos em mar tormentoso,
procurando a terra firme da costa, através da onda móvel.
Não tenha dúvida. O  homicídio,  nas  mais  variadas  formas,  é  intensamente  praticado  sem  armas  visíveis, em todos os quadrantes do Planeta. Em  quase  toda  a  parte,  vemos  pais  e  mães  que  expressam  ternura,  ante  os  filhos desventurados, e que se revoltam contra eles toda vez que se mostrem prósperos e felizes. Há  irmãos  que  não  suportam  a  superioridade  daqueles  que  lhes  partilham  o  nome  e  a experiência,  e  companheiros  que  apenas  se  alegram  com  a  camaradagem  nas  horas  de necessidade e infortúnio. Ninguém  pode  negar  a  existência  do  amor  no  fundo  das  multiformes  uniões  a  que  nos referimos.  Mas  esse  amor  ainda  se  encontra,  à  maneira  do  ouro  inculto,  incrustado  no
cascalho  duro  e  contundente  do  egoísmo  e  da  ignorância  que  às  vezes,  matam  sem  a intenção de destruir e ferem sem perceber a inocência ou a grandeza de suas vítimas. Por  isso  mesmo,  o  Espiritismo comJesus,convidando-nos  ao  sacrifício  e  à  bondade,  ao conhecimento e ao perdão, aclarando a origem de nossos antagonismos e reportando-nos
aos  dramas  por  nós  todos  já  vividos  no  pretérito,  acenderá  um  facho  de  luz  em  cada coração,  inclinando  as  almas  rebeldes  ou  enfermiças  à  justa  compreensão  do  programa sublime de melhoria individual, em favor da tranqüilidade coletiva e da ascensão de todos. Desvelando os horizontes largos da vida, a Nova Revelação dilatará a esperança, o estímulo
à  virtude  e  a  educação  em  todas  as  inteligências  amadurecidas  na  boa  vontade,  que passarão a entender nas piores situações familiares pequenos cursos regenerativos, dando-se  pressa  em  aceitá-los  com  serenidade  e  paciência,  de  vez  que  a  dor  e  a  morte  são invariavelmente os oficiais da Divina Justiça, funcionando com absoluto equilíbrio, em todas
as direções, unindo ou separando almas, com vistas à prosperidade do Infinito Bem. Assim,  pois,  meu  caro,  dispense-me  da  obrigação  de  maiores  comentários,  que  se  fariam tediosos em nossa época de esclarecimento rápido, através da condensação dos assuntos que dizem respeito ao soerguimento da Terra. Observe e medite. E, quando perceber a imensa força iluminativa do Espiritismo Cristão, você identificará Jesus
como sendo o Sociólogo Divino do Mundo, e verá no Evangelho o Código de Ouro e Luz, em cuja aplicação pura e simples reside a verdadeira redenção da Humanidade.
   Irmão X

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MEU LAR


MEU  LAR 

 
 
Meu lar é um ninho quente, belo e doce, 
Meu generoso e abençoado asilo, 
Onde meu coração vive tranqüilo 
Na sacrossanta paz que Deus me trouxe. 
 
 
Meu refúgio sereno de esperança, 
Nele encontro essa luz terna e divina 
Do amor que aperfeiçoa, ampara e ensina 
Minhalma ingênua e frágil de criança. 
 
 
O lar é a minha escola mais querida, 
Doce escola em que nunca me confundo, 
Onde aprendo a ser nobre para o mundo 
E a ser alegre e forte para a vida.
 
 
 João de Deus

segunda-feira, 23 de março de 2020

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Prece no templo espírita


Prece no templo espírita
Cap. XXVIII – Item 4
Senhor Jesus, abençoa, por misericórdia, o lar que nos deste ao
serviço da oração.
Reúne-nos aqui em teu amor e ensina-nos a procurar-te para
que não nos percamos à margem do caminho.
Nos instantes felizes, sê nossa força, para que a alegria não nos
torne ingratos e insensíveis.
Nos momentos amargos, sê nosso arrimo, para que a tristeza
não nos faça abatidos e inúteis.
Nos dias claros, concede-nos a bênção do suor do trabalho dig-
no.
Nas noites tempestuosas, esclarece-nos o espírito para que te
entendamos a advertência.
Inclina-nos a pensar sentindo, para que não guardemos gelo no
cérebro, e induze-nos a sentir pensando para que não tenhamos
fogo no coração.
Ajuda-nos para que a caridade em nossa existência não seja
vaidade que dilacere os outros e para que a humildade em nossos
dias não seja orgulho rastejante!...
Auxilia-nos para que a nossa fé não se converta em fanatismo
e para que o nosso destemor não se transforme em petulância.
Amorável Benfeitor, perdoa as nossas faltas.
Mestre Sublime, reergue-nos para a lição.
Francisco Cândido Xavier / Waldo Vieira – O Espírito da Verdade

E, sobretudo, Senhor, faze que entendamos a Divina Vontade,
a fim de que, aprendendo a servir contigo, saibamos dissolver a
sombra de nossa presença na glória de tua luz!
Emmanuel

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